Colorido, branco, com ou sem renda. Se já é difícil escolher a roupa no dia a dia, imagine a responsabilidade de eleger o vestido para “O” dia. Levando-se ainda em consideração, a pressão da expectativa dos convidados aguardando a mais bela da festa e as preocupações com os detalhes para que tudo seja extremamente perfeito.
Desde sempre, prevalece a máxima que essa será provavelmente a roupa mais importante – e a mais cara - da vida de uma mulher. No início do século XX, o vestido de noiva era privilégio das abastadas. Quem não podia ter um modelo exclusivo para esse dia usava o seu melhor vestido, independente da cor.
Antes disso, em 1840, a rainha Vitória instituiu, de forma despretensiosa, o vestido branco como símbolo de status para noivas ricas. Mas voltando para o início do século passado, essa época foi marcada pela libertação dos espartilhos, luta encabeçada principalmente pelo estilista Paul Poiret. Outro marco importante foi o corte em viés que Madeleine Vionnet tirou das golas e trouxe para o vestido. O resultado é um modelo leve e delicado, que lembra a túnica romana. Ela também foi a rainha dos drapeados, muito vistos nos vestidos de noiva da época. Seguindo uma linha parecida e na contramão do luxo, Coco Chanel lançou vestidos de noiva simples com cauda. Ela também mostrou com sua cartela de tons de marfim que o branco não era a única opção, o que hoje os estilistas gostam de chamar de off-white.
Em 1939, o filme E o Vento Levou, com seu figurino de 1860, resgatou a paixão por vestidos de estilo vitoriano. A década de 50 foi marcada pelo início da rebeldia. O branco perde sua hegemonia em mais uma quebra de regras. Nos anos 60, a barra subiu com a minissaia de Mary Quant.
E como uma época contraria a anterior, a volta do longo foi triunfal na década de 70, com seu estilo hippie, cheio de modelos soltos, muitos com corte império. A ordem era sentir-se livre.
O exagero da década de 80 chegou com o verdadeiro vestido “bolo-de-noiva”. O modelo usado por Lady Di é um dos ícones da década e até do século. Foi exaustivamente copiado e é referência até hoje.
Mais uma vez, negando a década anterior, os anos 90 chegaram cortando todos os exageros. Simplicidade era a palavra de ordem ou, como bem definiu a colunista de moda da Vogue e da Harper’s Bazaar, Diana Vreeland, “a elegância é minimalista”.
Hoje, todas as tendências se encontram, e a escolha é feita de acordo com o estilo da noiva e do casamento. O off-white finalmente se assume como o novo branco, ainda mais depois do aumento de cerimônias não religiosas e dos segundos casamentos. Em comum, somente a eterna dúvida do que usar e a constante perseguição pelo modelo dos sonhos.
Como as novidades são muitas, as tendências e inovações, tanto na modelagem como no estilo e tecidos mais modernos, facilitando o caimento e proporcionando a reinvenção do vestido de noiva, a noiva pode tudo!
Até a próxima! Beijos, Twitter: cerpersonnalite www.cerimonialpersonnalite.com.br Raquel Rodrigues